sexta-feira, 20 de julho de 2007

"Toca a Ganhar... burrice a rodos"

Não gosto de gente burra, a sério que não gosto. Dá-me um terrível tédio contactar com pessoas tapadas de todo, é frustrante. Mas pior do que ser tapado, é fazer-se dos outros parvos. E dessas pessoas, gosto ainda menos.
Já muito se disse por aí do concurso "Toca a ganhar", que passa nas madrugadas da TVI. Muitos vêem-no para se entreter em noites de insónia ou de trabalho, já outros, muitos o vêem para constatarem a aberração televisiva que aquilo é. Eu não me podia deixar de juntar a esse movimento massivo de crítica - destrutiva - ao programa em questão. É chocante como é que, nos dias de hoje, passam coisas destas, mesmo que seja a desoras e para um público que, pretendem os responsáveis da estação, seja absolutamente ignorante.
De facto, trata-se de um concurso que tanto tem de básico, como de insuportavelmente estúpido. Insulta a inteligência de qualquer um, por menos habilitações que tenha. O objectivo - adivinhar palavras a troco dos correspondentes euros - até poderia ser interessante, se quem escolhe as palavras e inventa as dicas não fosse perfeitamente analfabeto, ou então absolutamente tapado, ou as duas coisas, que é o mais certo. Palavras que não correspondem às categorias, erros ortográficos, enfim... uma parafernália de burrices que ofendem os sentidos de qualquer português.
Soa a falso - não seria de admirar que aquelas chamadas fossem feitas pelos próprios funcionários da TVI. Não acredito que haja assim tanta gente a ligar, para aceitarem uma de 50 em 50. Se assim não for, então é bluff, e os intervenientes são os únicos que ligam, e as chamadas são todas aceites. Já aí, parece-me um embuste.
A apresentadora... coitada. Depois disto, provavelmente terá que voltar para o bar de alterne de onde saiu... ou para o Big Brother, ou para longe do espaço público, pelo menos. Cérebro, não tem - devia estar em cima de um qualquer cliente quando foi distribuida a inteligência. E desculpem-me, meus senhores, mas, à parte de um par de seios que insistem em saltar propositadamente dos vestidinhos foleiros que lhe costumam vestir, dali não se aproveita nada - é feia, magra, não tem qualquer personalidade e, ainda por cima, é burra. Não tem a mínima ideia do que está ali a fazer, é manifestamente bronca com os intervenientes, bombardeia logo com o "diga lá qual é a palavra", e ala que se faz tarde, e ainda é com cada patacoada que lhe sai pela boca fora, que dá dó. Dá vontade de cortar os pulsos a maneira como esta abrótea tenta manter as pessoas agarradas à televisão. Já por várias vezes pensei mesmo que ela ia tirar o farrapito, subir ao candeeiro e abrir as pernas, em desespero por não conseguir dizer nada de jeito. Nem para encher chouriços serve - repete a mesma coisa mil vezes, confunde simpatia com gritos esganiçados e nervosos (percebe-se que queiram significar um sonoro "ACORDEM, PÁ!! Por favor, pode ser? É que senão lá tenho que me despir e assim, e o Sr. Moniz é capaz de me trocar por uma dos Morangos! ...") e sorrisos forçados, goles de água que nunca mais acabam, engasganços, e coisas parecidas com convites do género "mi liga vai", com gemidos e tudo. Uma nódoa. Gostaria muito de saber que tipo de favores, e a quem, esta ameba fez, para conseguir fazer um concurso, mesmo que seja a porcaria de programa de 5ª categoria que é. Nisso dos favores, deve ela ser artista. Pelo visto, o único talento que deve ter...
A culpa, meus senhores, nem é dela - ela só tem culpa de ser tapada - é de quem a contratou, que pelo visto ainda deve mais à inteligência que ela.
Sabem, meus caros, o que irrita ainda mais é que com esta conversa toda acerca desta porcaria, devem ter disparado as audiências de tal forma (ora pois, toda a gente quer ver para crer), que deve estar fora de questão, para a TVI, acabar com o concurso...
Proponho a acção imediata da Alta Autoridade competente: um saneamento absoluto deste programa da TV portuguesa, com degredo imediato do anormal que fez ou comprou o mesmo, e ainda a sodomia com ferro quente de quem contratou a apresentadora....

Bem Hajam,
O Provedor.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Onde está o badocha?

Começa o verão, começa o chorrilho de publicidade televisiva a tudo e um par de botas, sugestionando férias, praias, sol, etc.
Bonito, refrescante, e sempre se vêem umas cachopas mais desnudas, e tal. Se bem que o meu ideal de cachopa desnuda não tem a ver com aquelas amostras desnutridas com o ar de hippie piolhoso que está tão na moda, mas enfim. Deve haver quem goste.
Mas, de facto, tenho constatado uma realidade tão repetiviva que salta à vista: nas publicidades dos operadores de telemóveis e das marcas de bebidas (nomeadamente sumos e cervejas), a técnica mais utilizada nos respectivos spots é passar a imagem de que só os jovens esbeltos, bronzeados e com ar de habitantes da Linha é que usam telemóveis e bebem sumos naturais e cervejas quando veraneiam.
Porquê, perguntará o leitor. E pergunta bem, mas a resposta é óbvia: repare-se nos spots - nas praias, nos lagos, nas piscinas, os únicos personagens detectados são indivíduos do tipo acima descrito; e o que me apraz dizer sobre isso é o seguinte:
Ponto #1: Qualquer pessoa sabe que os nossos locais de veraneio comtemplam toda uma diversidade de fisionomias e hábitos, e não acredito que haja locais reservados a modelos (ainda por cima, modelos deslavados, puérperos, e tótós). Mais, se os houvesse, acho errado usar apenas disto nas publicidades - falacioso, q.b.; Onde estão os Tugas com as suas lancheiras do arroz de frango, ou, para os mais modernos, do tupperware, e os seus guarda sóis com franjinhas? Onde estão as crianças a brincar na areia? Gaita, onde estão as pessoas normais? Não estão, essa é que é essa. Para o marketing, estas não fazem férias, não se divertem e mais, não usam telemóveis nem bebem sumos e cervejas.
Ponto #2: É do conhecimento geral que qualquer grupo de jovens engloba, pelo menos, uma cachopa gorda, ou um magricelas com acne. Normalmente, são estes os que levam o carro, que carregam as coisas e que têm o dinheiro. Nestas publicidades, ONDE estão eles? Nem um badocha para contar a história. Falta de realismo, co'a breca!
Ponto #3: se a intenção é fazer com que as pessoas pensem que ao consumir aqueles produtos ficam com a aparência dos tótós dos anúncios, desenganem-se, meus senhores: já ninguém é assim tão burro. Este tipo de coisas enjoam, e pelo visto há muita falta de imaginação para fazer publicidade, copia-se o anúncio do vizinho e já está, e é uma pena.
Resultado: temos que levar com esta publicidade da treta porquê? Poucos se identificam com aquilo, e se identificam, precisam de óculos, e de uma consulta no psicanalista. Os senhores da publicidade, esses cabeças de porco que tiram as ideias dos momentos em que se esforçam sentados, de calças em baixo, no WC,são pagos, e bem pagos, para fazer alguma coisa de jeito. Bem podiam começar.
Má imagem da realidade, má associação, em suma, publicidade - porcaria.

Bem-hajam,
O Provedor

Intróito

A pedido de várias famílias (nomeadamente a minha, composta do meu cão Alfredo e do meu peixe vermelho Óscar), resolvi colocar ao dispor da nação e zonas limítrofes a minha alta autoridade em matéria de visionamento da programação televisiva. Sim, porque pessoa que é pessoa vê TV, e muita. Num país em que anda tudo pela hora da morte, inclusive o combustível para a locomoção necessária para onde quer que seja, o mais acessível é mesmo ficar em casa a ver televisão. Os mais abonados, podem sempre desfrutar da TV Cabo (e quem não é abonado pode sempre pirateá-la, não tenho nada a ver com isso, que cada um sabe de si). Nem sempre é a solução, mas enfim, é o que temos.
Deste modo, caros leitores, aqui me apresento, eu, O Provedor do Zapping, ou O Provedor, para os amigos (e para o resto do povo, também). Direi de minha justiça, a única que aqui interessa, o que me vai na cabeça sobre o que me passa pelos olhos em matéria de TV. Pontualmente, quando calhar, também pode aparecer qualquer coisinha acerca de rádio, cinema e teatro, logo se vê.
Caso seja de vosso interesse apresentar à minha consideração alguma programação digna de comentário, é favor sugerir para o e-mail oprovedor@gmail.com, que ficarei agradecido, e diligenciarei no sentido de satisfazer o pedido.

Bem hajam,
O Provedor